Luto por pets: Como amenizar o sofrimento causado pela perda de um pet

Luto por pets: Como amenizar o sofrimento causado pela perda de um pet

Diariamente no nosso trabalho, temos contato com diversos tutores que perderam os seus pets, às vezes há poucos dias, outras vezes há anos. Nós entendemos o quanto é doloroso perder um pet que faz parte da família, infelizmente já passamos por isso por aqui também.

Pedimos à nossa cliente / amiga Carolina Bozatto Silveira, Diretora Executiva no Grupo Wainer Psicologia e graduanda em Psicologia, para nos ajudar a escrever um texto com algumas dicas para ajudar a lidar com esse doloroso processo que é a perda de um pet. Esperamos que essas 8 dicas ajudem você, mas sempre orientamos a procura de profissionais qualificados para te ajudar.

Humanos X pets e o luto pela perda do filho de patas.

A relação dos homens com os animais vem evoluindo há milhares de anos e, de animais de trabalho, caça ou até uma ameaça, muitos foram domesticados para hoje fazerem parte das nossas famílias. Nas últimas duas décadas essa evolução tem sido acelerada e o universo dos animais domésticos, os nossos amados pets, vem crescendo ano a ano, com cada vez mais produtos e serviços voltados a este público. Se hoje os cães, os gatos, e algumas outras espécies são consideradas nossos filhos, é natural que o impacto desta relação apareça em todos os âmbitos.

Estudos recentes mostram que a ocitocina (hormônio do prazer) pode ser produzida a partir da relação de afeto entre humanos e seus pets. Em pesquisas envolvendo pessoas e cães, resultados de redução dos níveis de cortisol, diminuição da pressão sanguínea e dos batimentos do coração reforçam ainda mais os tantos benefícios da relação com nossos filhos de patas.

Com tanto amor e cuidados dispensados a essas eternas crianças, o que acontece quando chega o fim da vida dos nossos bichinhos?

Mesmo ainda não compreendido por todos, a perda de um pet considerado parte da família, nos causa um luto tão intenso quanto perder um humano com quem tínhamos uma relação próxima. Segundo estudiosos da mente humana e relação animal, o que caracteriza a relevância da relação (e consequentemente o impacto do luto) é o amor e a convivência entre

pessoas ou animais. Ou seja, não importa a espécie, mas sim o nível de envolvimento entre as partes.

A dor e o impacto na vida da família enlutada podem ser profundos, exigindo um bom tempo para que o sentimento de tristeza e vazio seja amenizado. Em alguns casos, surgem sintomas de ansiedade, depressão ou demandas psicológicas maiores, sendo indicado buscar um profissional de saúde mental para ajudar a encarar este novo cenário de vida.

Se você acredita que pode superar este momento sem ajuda psicológica, seguem algumas dicas de como amenizar o sofrimento causado pela perda:

Dica 1: Busque acolhimento e tente conversar com pessoas que possuam uma relação com seus pets parecida com a sua, ou ainda com amigos e familiares próximos que sejam empáticos e bons ouvintes. Conversar sobre seu luto com pessoas que não conseguem ter a mesma percepção que você, pode causar mais frustração e a sensação de que tem algo errado com o que você está sentindo.

Dica 2: Mesmo que ainda não exista legislação para o direito de um funcionário se afastar do trabalho em razão da perda do seu pet, procure conversar com o seu gestor ou o setor de RH da sua empresa. A compreensão da relação humanos X pet vem crescendo e muitas organizações já flexibilizam as regras quando o colaborador precisa se afastar.

Dica 3: Procure pensar nos momentos felizes que você e seu filho de patas viveram. No quanto essa relação foi repleta de amor e cuidados, e tente afastar os pensamentos ruins, de culpa ou do momento da perda em si.

Dica 4: Tenha autocompaixão e não se cobre tanto. Cada um tem a sua forma de passar por momentos de dor. O luto pode levar dias, semanas ou até meses, da mesma forma que o processo na perda de um familiar humano. Tente “re”significar este momento, mas se permita ficar triste, se estiver se sentindo assim.

Dica 5: Já existem grupos de apoio psicológico para pessoas enlutadas, inclusive específicos para a perda de um animal de estimação.

Dica 6: Se após 6 meses da perda o sentimento de dor e desânimo não passar, considere buscar ajuda profissional e, se possível, especializado no tratamento do luto.

Dica 7: Lembre-se, você só sente desta forma porque a presença do pet na sua vida foi verdadeiramente significativa. Você experimentou um amor incondicional, que somente os animais podem nos dar.

Dica 8: Acredite, vai passar! O seu filhote amado será lembrado com saudades e terá um espacinho na sua memória eternamente. Com sorte, outros peludos virão e deixarão um pouco de si em você, e terão a alegria de ser amados até o último dia.

Escrito por: Carolina Buzetto Silveira, Administradora, Graduanda em Psicologia, mãe de 12 filhos peludos e completamente apaixonada por pets.

FONTES:

American Psychiatric Association. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5 (5a ed.). Porto Alegre: Artmed; 2014.

Revista Galileu – A química que une cães e seus donos

CQ – Globo – Troca de olhares é o segredo do afeto entre cães e donos, comprova pesquisa

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Carolina Buzetto Silveira

Diretora Executiva no Grupo Wainer Psicologia e graduanda em Psicologia, mãe de 12 filhos peludos e completamente apaixonada por pets.
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